Que tal o Sudão?

Cidadãos sudaneses
Recentemente uma atriz global foi desabafar nas redes sociais sua imensa decepção ao se dar conta de que sua filha de 3 anos de idade não demonstrava nenhum interesse por brinquedos de menino e, no lugar disso, divertia-se aos borbotões, e sem nenhum sentimento de culpa, com brincadeiras de panelinhas, vassourinhas e ferrinhos de passar roupa. A criança estava cagando e andando para a ideologia de gênero e isso deixou a mãe escandalizada. Essa semana, essa mesma atriz voltou a disparar sua metralhadora de sandices. Conforme foi divulgado pela imprensa, a atriz afirmou em uma palestra que "No Brasil, a cor do meu filho é a cor que faz com que as pessoas mudem de calçada, escondam suas bolsas e blindem seus carros. A vida dele só não vai ser mais difícil do que a da minha filha".

A declaração proferida por essa senhora é emblemática do atual estado de dissociação mental em que vive o povo brasileiro. A mulher é um membro daquilo que é considerado pelas massas ignaras como o alto escalão da elite "cultural"; faz parte da "nata social" composta apenas pelas pessoas mais influentes; é respeitada, reverenciada e paparicada em todos os lugares a que vai; goza de uma remuneração mensal que é superior a de 99% dos brasileiros; e — vestida com as grifes internacionais mais caras do mundo, falando a uma plateia disposta a achar lindo e aplaudir qualquer estultice que lhe saia da boca — ela decide fazer o que? Posar de "pobrezinha", de "sofrida", de "coitadinha".

É necessário um bestial, imenso e profundo grau de acometimento por paralaxe cognitiva para que essa senhora não perceba a gigantesca contradição entre 'todas as circunstâncias que lhes circundam' e 'a narrativa com a qual ela quer se fazer representar socialmente'. A atriz não é capaz de se dar conta do ridículo que é fazer parte do conjunto de pessoas que — sob todas as perspectivas que se olhe — mais se beneficiam da estrutura social à sua volta ao mesmo tempo em que chora copiosamente em praça pública as agruras de ser marginalizada por essa mesma estrutura social que lhe favorece. 

Que vida mais difícil terão os filhos dessa atriz! Sendo ambos os pais milionários, serão educados nas melhores escolas que o dinheiro pode pagar, frequentarão os ambientes mais seletos, terão em seus círculos de amizades infantis apenas os filhos das pessoas mais influentes na sociedade brasileira. De fato, é de dar dó! Essa vida de párea talvez supere em dificuldade até mesmo a vida da outra afro-coitadinha, a ministra que — Pobrezinha! — estava sendo explorada pela máquina pública brasileira. A bichinha trabalhando feito uma política e vivendo apenas com uma famélica aposentadoria de 30 mil reais (além — É claro! — das passagens de avião, motorista, carro particular, ajuda de combustível e trocentas outras "ajudas de custo" dadas ao alto escalão da Nomenklatura bolivariana). A situação dessas pessoas é ou não é de cortar o coração? Atenção! Se você não consegue se compadecer do imenso sofrimento que recai sobre essas pessoas, é porque você é racista!

O escritor espanhol Ortega y Gasset já dizia que os principais inimigos da civilização ocidental são os “señoritos satisfechos”. Segundo ele, o maior risco de colapso de nosso modo de vida advém exatamente do fato de que ele foi, entre todos os que já foram experimentados pela espécie humana, o que conseguiu conquistar maior abundância para o maior número de pessoas. Ao desfrutar de todas das benesses do legado ocidental sem ter a menor ideia de como ele foi conquistado e, por gozar de uma vida demasiadamente abundante criada a partir desse legado, muitas pessoas tendem a se tornarem mimadas e, tal qual o adolescente rebelde que se volta contra os próprios pais que lhe tratam a pão de ló, esses “señoritos satisfechos” passarão a lutar para destruir a estrutura social de onde provem todo seu conforto e abundância. 

É precisamente isso que essa senhora está fazendo, ao atuar como militante do chamado "movimento negro", o qual não passa de um dos tentáculos usados pela esquerda para implementação do marxismo cultural e do expediente do "dividi-los para conquistá-los". A estratégia é: uma vez que os marxista não conseguiram os resultados esperados na luta de classes original — a do proletariado contra a burguesia — partiram então para arregimentar outros grupos e criar uma "luta de classes estendida", na qual vale todo tipo de cizânia: negro contra branco, mulheres contra homens, homossexual contra heterossexual, nordestino contra sulista, imigrantes contra cidadãos autóctones e o que mais ocorrer nas cabeças descompensadas dos artífices da agenda esquerdista.

Uma das táticas executadas consiste na construção de narrativas baseadas em elementos selecionados com o objetivo de induzir a plateia a acreditar em uma versão adulterada do mundo real. No caso dos negros, entram nas narrativas da esquerda apenas os elementos da realidade que endossem e ratifiquem a alegada opressão que os brancos exercem sobre eles, tomando o cuidado de excluir do discurso público quaisquer outros elementos que possam apresentar nuances capazes de amenizar a oposição que se quer criar. Vejamos algumas diretrizes para fazer isso.

01. Criar uma historiografia na qual os negros são representados como vítimas inocentes dos brancos no processo de escravidão, ocultando cuidadosamente o fato de que a maioria dos negros foi escravizada não por brancos, mas por outros negros, nas guerras tribais do continente africano — nos quais a tribos perdedoras eram escravizadas pelas vencedoras. Também é necessário omitir o fato de que os africanos não foram os únicos a serem escravizados. Na verdade, a própria História da humanidade é a história das escravidões. Os eslavos, por exemplo, foram escravos dos gregos, romanos e dos germânicos. Durante o curso dos últimos milênios, brancos escravizaram brancos, negros escravizaram negros, brancos escravizaram negros e negros escravizaram brancos (Segundo consta fartamente documentado na obra “Christian Slaves, Muslim Masters”, do historiador americano Robert Davis). Mas, de todas as possíveis combinações possíveis entre cor de pele e escravidão, a única que interessa para ser martelada no discurso público é que ratifica a história da Carochinha marxista do "branco opressor x negro coitadinho".

02. Repetir ad nauseum nas manchetes de jornais a informação de que os negros representam a maior parcela das vítimas da epidemia de assassinatos que assolam o país, com o objetivo de transformar a violência urbana — a qual foi criada pela própria esquerda ao implementar a agenda da bandidofilia — em um suposto processo de genocídio movido contra a raça negra; omitindo que não só a maioria dos assassinados, mas também a maioria dos que praticam os casos de assassinato é composta de negros.

03. Mudar a cor da pele das amostras populacionais para alcançar a estatística desejada, de acordo com o que se deseja retratar. A maior parte da população brasileira é composta de pardos, pessoas que estão em algum lugar entre "branco" e "preto". Quando a estatística é sobre população carcerária, esses 70% de pardos são apresentados como negros; quando a estatística é sobre o ensino superior, os mesmos 70% de pardos se transformam, pelo processo da transubstanciação étnica esquerdista, em legítimos descendentes dos vikings.

Esse método de construção de narrativa busca tornar a maioria da população receptiva a propostas de uma suposta compensação, as quais destroem a isonomia jurídica que diz que todo cidadão é igual perante a lei. Um exemplo é o caso envolvendo uma juíza aposentada que peticionou à justiça que a lei constitucional que prevê um teto para a remuneração paga aos servidores públicos não fosse aplicada a ela, afinal ela é negra e, portanto, se ela ganhar qualquer coisa menos que 60 mil reais mensais, configura-se em trabalho escravo. Outro exemplo é a entrada nas Universidades. Antes, selecionava-se quem faria parte de um corpo discente universitário através de um exame que verificava o domínio de determinados conteúdos, de um grau mínimo de aproveitamento do ensino fundamental e secundário. Depois que a ideologia negrista entrou em ação, o critério para adentrar a universidade passou a ser a cor da pele.

Para perseguir a tentativa vã de pagar a impagável dívida histórica, a proposta da súcia esquerdista da qual essa atriz, consciente ou inconscientemente, faz-se de porta-voz é: tome-lhe aumento de impostos, tome-lhe supressão das liberdades individuais, tome-lhe aparelhamento da máquina pública. Ao contrário do que usualmente faço com a patota apologeta das ideias enfermiças do marxismo cultural, não posso mandar essa moça ir para Cuba, porque também lá, assim como no Brasil, ela sofreria com perseguição por causa da cor de sua pele. Consta na biografia de Che Guevara a declaração de que "a revolução Cubana fará pelos negros o mesmo que os negros fizeram pela revolução cubana: nada", sendo o ícone da esquerda latino-americana declaradamente racista, muito mais racista do que os brasileiros que ousam mudar de calçada na presença de uma atriz global. Mas existe um lugar no mundo onde o Estado se agigantou ao ponto que querem os Social Justice Warriors e onde, ao mesmo tempo, ninguém vai mudar de calçada quando se deparar com um preto: o Sudão. No Sudão não tem nenhum dos problemas que atormentam a coitadinha da atriz. 

Lá não tem essa coisa de livre-mercado, que cria uma maldita emissora de televisão capitalista opressora para explorar a vulnerável coitadinha e a submetê-la a um trabalho escravo mais aviltante que o do da ministra escravizada; afinal o Sudão é um país comunista e, como em todo país comunista, lá sim as pessoas vivem bem, são bem alimentadas e gozam de um padrão de vida muito superior ao que pode ser proporcionado pela mixaria paga pela rede Globo às suas estrelas de primeiro time. 

Lá não tem cultura cristã, com seus padres pedófilos e seus pastores hipócritas, que defendem comportamentos antiquados como a monogamia e o fino trato com as mulheres; o Sudão é um país muçulmano, então um homem poder casar com quantas mulheres ele queira e as autoridades religiosas vão para a TV fazer o trabalho de deixar claro, para que não haja dúvidas, as regras sob às quais a Xaria autoriza que um homem espanque uma mulher; lá — segundo a ONU — é permitido que combatentes envolvidos nas guerras tribais estuprem mulheres como forma de pagamento. 

Lá não tem discriminação contra negro, porque lá quase não há a escória do mundo, os brancos. Se não tem branco, não há cultura ocidental. Se não tem cultura ocidental, não tem democracia. Se não tem democracia, não tem liberdades individuais. É um lugar perfeito para quem está incomodado com o fato de a sociedade brasileira ser dominada por brancos cristãos racistas machistas fascistas capitalistas do cabelo liso-opressor. 

Portanto lanço aqui a campanha: "Atriz global, faça um favor a todos os brasileiros, pegue seu marido, seus filhos, e vá morar no Sudão". 

#AtrizGlobalMaridoEFilhosVãoMorarNoSudão


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